O Encontro da Endesa - holding espanhola que atua em distribuição, transmissão e comercialização de energia elétrica que no Brasil - apresenta práticas de sustentabilidade das suas empresas. Ontem, gestores das área de sustentabilidade e meio ambiente do grupo conheceram o projeto de pesquisa que vai buscar a produção economicamente viável de óleo de transformador de energia elétrica a partir de microalgas alimentadas pelo CO2 de termelétrica e do sol.
O professor José Osvaldo Bezerra Carioca, da Universidade Federal do Ceará (UFC), que já está à frente do projeto desenvolvido em parceria com o Parque de Desenvolvimento Tecnológico (Padetec/UFC), falou sobre o “Estudo do Potencial do Cultivo de Microalgas no Efluente da Termoelétrica Endesa Fortaleza”. Segundo ele, o projeto espera apenas a aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para ser iniciado. Informa que a parte biológica já está resolvida restando apenas solucionar a parte da engenharia que vai tornar a produção viável do ponto de vista econômico.
“O projeto de pesquisa busca encontrar uma microalga que forneça o óleo com qualidade”, comenta, considerando que essa produção tem a produtividade por hectare maior e a vantagem de não competir com alimentos nem com o biodiesel. Explica que o processo, que já é desenvolvido em Israel e Estados Unidos, ocorre a partir da captação do CO2 que sai da chaminé da usina jogado numa piscina de microalgas que se multiplicam. “Vamos trabalhar a engenharia para chegar a incidência de radiação (sol) na mesma quantidade de área, aumentando a produtividade”, diz Carioca, acrescentando que a produção já saiu de 5g/m2/dia para em torno de 15g/m2/dia.
Para o professor quando atingir os 20g/m2/dia a produção se tornará imbatível.